Nós inventamos a tecnologia desde que nos entendemos como seres pensantes. Flechas, arcos, lanças de madeira com pedras polidas; cordas e o próprio fogo são invenções e manipulações tecnológicas que condizem com o avanço do espírito humano à época em que vieram a lume.
Também é verdade que estas mesmas tecnologias rudimentares foram mal-utilizadas em diversas ocasiões: provocando mortes ou o desnivelamento antinatural dos iguais em essência, sempre fica claro que tanto sua criação como uso mal intencionados são ambos nascidos da mesma fonte: a mente humana.
Por este justo motivo é que não procede a preocupação atual de certos grupos em colocar, na posição de vilões, os recursos tecnológicos e seus benefícios – como que repetindo a aversão manifestada contra as máquinas da Revolução Industrial inglesa e que, posteriormente, apenas foi constatado que não era as máquinas o problema, mas os que as detinham.
É inegável, portanto, que a tecnologia muito já fez por nós como raça, basta olhar para os padrões de qualidade de vida (como expectativa de vida e a medicina moderna) que podemos desfrutar hoje, ainda que existam grandes divergências em nosso mundo. É claro que não podemos negar que a busca pelo avanço tecnológico já trouxe e ainda traz sérios prejuízos ao meio ambiente. Nos resta aprender com nossos erros a criar uma consciência capaz de discernir até onde podemos abusar da sorte e aprender a tentar minizar nossos impactos, afinal de nada adianta melhorar os padrões de vida se em pouco tempo talvez não exista mais condições dela se manter no planeta.