"Blog experimental da disciplina Metodologia Científica, ministrada pela professora Lívia Cristina Guimaraes, do curso de Engenharia de Controle e Automação da Faculdade Pitagoras-Betim- 2014-1"
quarta-feira, 30 de abril de 2014
Conceitualmente, a reciclagem é um processo de transformação aplicado a materiais que podem voltar ao estado original, convertendo-se em produtos iguais em todas as suas características, sendo um conceito diferente do de reutilização.
Os resultados da reciclagem são expressivos tanto no campo ambiental, como nos campos econômico e social.
No meio ambiente, tanto a reciclagem, como a reutilização podem reduzir a acumulação progressiva de resíduos, evitando a produção de novos materiais, como por exemplo o papel, que exigiria o corte de mais arvores, com emissões de gases como metano e gás carbônico, consumo de energia, agressões ao solo, ar e água, entre outros tantos fatores negativos.
Leia Mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reciclagem
terça-feira, 29 de abril de 2014
Cidades Verdes São o Futuro Sustentável dos Países
As Cidades Verdes, também conhecidas como Cidades Inteligentes, são aquelas que investem na melhoria de qualidade dos serviços para a população. Esse conceito vai ao encontro dos pilares da sustentabilidade, onde o ambiental, o social e o econômico devem ser preservados para não prejudicar as gerações futuras.
Entenda o Funcionamento das Cidades Verdes
O crescimento desordenado das cidades em todo o mundo trouxe enchentes, poluição, desmatamento, além de desigualdades sociais, desemprego, entre outros problemas. Os projetos de Cidades Verdes procuram diminuir ou acabar com todas essas questões. Para isso, edifícios sustentáveis são construídos e o trânsito é repensado, dando valor para formas de deslocamento não poluentes, como a bicicleta. A coleta de lixo também é repensada, assim como sua reciclagem, tudo em prol da diminuição dos impactos ambientais e do desenvolvimento social e econômico.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Licenciamento Ambiental
O Licenciamento Ambiental é uma certificação obrigatória a ser providenciada por qualquer tipo de empreendimento ou atividade (pública, privada ou mista) que seja considerada potencialmente poluidora, degradante ou prejudicial ao meio ambiente.
A obrigatoriedade do certificado se dá pela Lei 6938 de 1981e é expedido pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), por meio da abertura de um processo de solicitação, que pode ser conduzido por órgãos representantes federais, estaduais ou municipais, como Secretarias do Meio Ambiente.
O objetivo da certificação ambiental é compatibilizar o desenvolvimento e as atividades humanas com a proteção do meio ambiente, possibilitando o crescimento sustentável do país.
Além disso, o empreendedor que solicita a abertura do Licenciamento contribui com o desenvolvimento sustentável de sua região, fica regularizado com a lei e passa a contar com alguns benefícios, como condições especiais em empréstimos financeiros e redução de taxas e impostos.
E para conseguir o licenciamento, a pessoa responsável pelo empreendimento deve solicitar a abertura de processo ainda na fase de implantação do projeto.
Leia mais em http://www.ecologiaurbana.com.br/atitudes-sustentaveis/conheca-pouco-licenciamento-ambiental/
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Brasil líder mundial em conhecimento e tecnologia de cana e etanol - A contribuição da FAPESP
O Brasil é o maior produtor de etanol de cana-de-açúcar do mundo e ocupa posição de liderança na tecnologia de sua produção. Os avanços tecnológicos permitem que a produtividade seja destacada e os custos de produção bem inferiores aos dos concorrentes internacionais.
Essa liderança e competitividade deve-se ao longo trabalho de muitos anos feito por pesquisadores em instituições de ensino e pesquisa e em empresas privadas, que resultou em valiosa bagagem de conhecimento e de tecnologia sobre a cana, seus derivados e sobre o processo de fabricação do etanol de cana.
As pesquisas trataram de temas diversos, como o melhoramento genético da planta, combate a pragas, técnicas agrícolas e de colheita, impactos da cultura no meio ambiente, e tecnologias de fabricação do etanol, incluindo-se a hidrólise e fermentação.
Manter a liderança e a competitividade no momento em que o mundo descobre o bioetanol como uma alternativa energética e muitos países investem maciçamente na tecnologia de sua produção, a partir principalmente de celulose, exige mais esforço brasileiro em pesquisa.
A publicação Brasil líder mundial em conhecimento e tecnologia de cana e etanol – A contribuição da FAPESP reúne informações sobre projetos de pesquisa em cana-de-açúcar, etanol e outros produtos industriais apoiados pela FAPESP nos últimos dez anos.
confira http://www.fapesp.br/2919
quinta-feira, 24 de abril de 2014
o primeiro equipamento brasileiro para medir e estudar um dos aspectos menos conhecidos e mais misteriosos da atividade do Sol
Depois de 10 anos de trabalho, está pronto o primeiro equipamento brasileiro para medir e estudar um dos aspectos menos conhecidos e mais misteriosos da atividade do Sol: as radiações emitidas na origem das explosões que ocorrem na estrela na faixa do infravermelho distante, conhecida também como tera-hertz (THz). Trata-se do Solar-T, um telescópio que não forma imagens como seus congêneres ópticos. Ele identifica e mede as radiações emitidas pelos objetos observados. Funciona como um fotômetro ao medir a intensidade dos fótons, que são as partículas associadas às ondas eletromagnéticas, como a luz. A previsão é que o aparelho faça seu primeiro voo sobre a Antártida, a bordo de um balão estratosférico a 40 quilômetros (km) de altitude em conjunto com um experimento da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, no verão de 2015, em uma missão com duração de duas semanas.
O aparelho foi desenvolvido, com financiamento de R$ 590 mil da FAPESP, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, em colaboração com o Centro de Componentes Semicondutores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A medição das radiações emitidas pelo Sol ocorre na faixa dos tera-hertz do espectro eletromagnético que, entre outras, abrange as ondas de rádio, infravermelho e luz visível. “Não há equipamento igual no mundo até o momento para operar nas frequências de THz, com o objetivo de estudar as explosões solares”, garante o pesquisador da equipe Rogério Marcon, do Laboratório de Difração de Raios X do Instituto de Física da Unicamp e criador do Observatório Solar Bernard Lyot, uma instituição privada de Campinas que participou do projeto Solar-T. “A faixa dos THz é utilizada na medicina e segurança, mas na astrofísica solar é inédita.”
Em 1984, uma descoberta do próprio Kaufmann e equipe aumentou o conhecimento nessa área de pesquisa. “Com um telescópio com maior sensibilidade, do Rádio Observatório de Itapetinga, em Atibaia [no interior paulista], detectamos uma explosão solar com uma radiação com intensidade crescente, até 100 giga-hertz [GHz]”, conta. “Na época, produzimos um artigo científico, publicado em 1985 na revista Nature, no qual propusemos a existência de radiações solares com frequências superiores a 100 GHz. A descoberta teve um tremendo impacto. A partir desse trabalho, corroborado pelo de outros autores, nós começamos a tentar detectar radiações em faixas mais altas.”
Agora, com o Solar-T e o telescópio de solo, o pesquisador pretende ir mais longe. O primeiro é subdividido em dois aparelhos, um para detectar radiação de três THz e o outro de sete THz. Cada um deles é feito de duas partes: o primeiro é o sistema coletor, ou os telescópios propriamente ditos, para captar a radiação solar, e o sistema sensor. Cada telescópio tem configuração óptica tipo Cassegrain com dois espelhos, o principal, côncavo com 7,6 centímetros de diâmetro, e outro convexo, menor, além de filtros especiais para bloquear radiações indesejáveis, como as ondas eletromagnéticas na faixa do infravermelho próximo e no visível, que poderiam superaquecer e até incendiar o equipamento, além de mascarar o fenômeno procurado nas frequências THz. Outros filtros e malhas metálicas delimitam a frequência que se quer detectar, no caso três e sete THz. Embora não formem imagens, os espelhos são necessários para captar e concentrar as radiações eletromagnéticas.
A segunda parte do Solar-T é o sistema sensor, composto por uma Célula de Golay, equipamento fabricado pela empresa Tydex, de São Petersburgo, na Rússia. Trata-se de um detector optoacústico que registra as variações da intensidade da radiação. O Solar-T tem ainda um sistema de aquisição, armazenamento, transmissão e recepção de dados, produzido pelas empresas brasileiras Propertech Tecnologia, de Jacareí, e Neuron, de São José dos Campos, no interior de São Paulo. A primeira também é responsável pela integração de todos os componentes e a montagem final do equipamento.
Os dois telescópios têm duas inovações. A primeira está no espelho maior, que é rugoso. “O objetivo dessa rugosidade é difundir a radiação infravermelha”, explica Kaufmann. “Ela consegue difundir 80% dessa luz. Os outros 20% são suprimidos pelos filtros, com isso eliminamos o infravermelho e a luz visível.” A outra inovação, que foi objeto de um pedido de patente, é um dispositivo que capta qualquer explosão do disco solar. Para isso, é preciso que a imagem do disco completo esteja focada na superfície do sensor. Os dados obtidos do Solar-T são armazenados e enviados para satélites da rede Iridium, que os transmitem para uma estação terrestre e dali, pela internet, para os pesquisadores.
Essas tecnologias usadas nos dois equipamentos vão possibilitar avanços científicos importantes no conhecimento dos mecanismos, principalmente na produção de energia, que estão por trás das explosões solares. Segundo Kaufmann, quase não existiram avanços conceituais nessa área nos últimos 60 anos. “Sabemos tanto hoje quanto quando elas foram descobertas”, diz. “Há vários modelos que tentam explicar o fenômeno, mas nenhum foi confirmado.” Entender o papel da radiação na faixa dos tera-hertz não é mera curiosidade científica. Esses fenômenos, que se repetem com maior intensidade a cada 11 anos mais ou menos, têm implicações diretas no dia a dia da atual civilização. Em 1989, por exemplo, quando ocorreu uma das mais fortes explosões solares de que se tem registro, houve queda da transmissão de eletricidade em alguns países, como no leste do Canadá e costa leste dos Estados Unidos, e na Suécia. Atualmente se sabe que tais eventos podem afetar satélites, sistemas de navegação como GPS e telecomunicações incluindo os celulares. Como consequência, danos em satélites podem ocorrer levando ao mau funcionamento dos sistemas de comunicação e navegação de aviões e navios. Entender o fenômeno é a melhor maneira de prevenir tudo isso.
O Solar-T vai voar num balão estratosférico até 40 km de altitude, para se livrar do manto opaco das radiações em tera-hertz da atmosfera. A equipe de Kaufmann recebeu duas propostas para voar quase sem custos. Na Universidade da Califórnia o Solar-T deve voar com o experimento de raios gama Grips (gamma-ray imager-polarimeter for solar flares), que tem um sistema automático de apontamento e rastreio do Sol. Primeiro seria feito um voo de teste, de um dia no Texas, em setembro deste ano por um grupo de lançamento de balões da Nasa (com 80% de probabilidade de confirmação). O outro convite é para uma missão de 7 a 10 dias sobre a Rússia, em colaboração com o Instituto de Física Lebedev de Moscou. Nesse caso será necessário desenvolver um novo sistema de direcionamento para o Sol, o que exigiria mais recursos.
terça-feira, 22 de abril de 2014
Efeito estufa de gás de perfluorotributilamina é um novo perigo
Os gases que causam efeito estufa vêm preocupando cientistas do mundo inteiro já faz um bom tempo, porém a solução para este enorme problema está difícil de alcançar. Recentemente, foi publicado um estudo na revista Geophysical Research Letters, na qual uma nova substância encabeça a lista de gases com maior capacidade de provocar aquecimento global: a perfluorotributilamina (PFTBA).
Não é só o nome que assusta. Esta substância tem um potencial de aquecimento global 7100 vezes maior que o do dióxido de carbono (CO2) num horizonte de 100 anos, isto é, as moléculas de PFTBA absorvem 7100 vezes mais radiação infravermelha neste período do que o CO2.
Você pode se perguntar: por que então só se fala do CO2 nas discussões de aquecimento global? A resposta está na quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, que supera quase todos os outros gases, tornando-o assim, o segundo maior agente do efeito estufa (em primeiro está o vapor de água). Para completar, a queima de combustíveis fósseis responsável pela liberação excessiva dessa molécula ainda é o maior problema, segundo ambientalistas.
O PFTBA, apesar de não existir em quantidades tão grandes, preocupa pelo seu potencial, ainda mais quando os juntamos com gases de efeitos até mais devastadores (veja a lista no site daCETESB). Além disso, sua produção é feita desde o século XX, derivada de indústrias elétricas, mas até esse ano seus efeitos poluentes ainda não haviam sido estudados.
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Engenharia com Sustentabilidade
A ciência e a tecnologia são grandes aliadas, se não forem as maiores, nessa cruzada contra as ameaças ecológicas. Nos últimos séculos e com a chegada da modernidade, o planeta passou por diversas revoluções industriais e tecnológicas. Alterando consideravelmente o panorama econômico e social, ocasionando o desenvolvimento do capitalismo e criando uma nova mentalidade em relação a trabalho, matéria-prima e indivíduo, essas revoluções impactaram também no meio-ambiente.
Os cientistas e pesquisadores estão indo além, desenvolvendo novas alternativas que variam desde computadores biodegradáveis, carros recicláveis e celulares econômicos até medidas consideradas gigantescas. Por incrível que pareça, fala-se até mesmo na utilização da lua como captadora de energia solar e na criação de nuvens que barrem o aquecimento global.
Até lá grandes e pequenas ações são necessárias para cada vez mais diminuir os problemas ambientais. Abaixo um bom exemplo de empresa com consciência ambiental.
sábado, 19 de abril de 2014
Emissão desequilibrada Floresta amazônica pode estar enviando mais CO2 à atmosfera durante período de seca
A cada duas semanas, de 2010 a 2011, a química Luciana Vanni Gatti, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), sobrevoou a floresta Amazônica colhendo amostras de ar, que eram armazenadas em frascos de vidro. No Laboratório de Química Atmosférica do IPEN, ao analisar os índices de concentração de dióxido de carbono (CO2) e monóxido de carbono (CO), ela verificou que as medidas refletiam a resultante de todos os processos de emissão e absorção de CO e CO2 que tinham ocorrido desde o oceano Atlântico até os locais em que colheu as amostras. Com essas informações, Luciana, junto de seus colaboradores, pôde medir a reação dos estoques de carbono da floresta à seca em diferentes áreas, concluindo que durante os períodos de seca a floresta pode estar liberando mais CO2 para a atmosfera do que absorvendo. A constatação não é das melhores. Caso essa tendência se mantenha, a região pode se tornar uma fonte de emissão de CO2, acelerando e intensificando o aquecimento global.
Há anos pesquisadores têm-se esforçado em medir o balanço de carbono na Amazônia com o objetivo de entender como as mudanças climáticas podem influenciar o equilíbrio dos processos que enviam (como as queimadas) e absorvem (fotossíntese) CO2 da atmosfera. Agora, num estudo publicado na edição desta quinta-feira da revistaNature, o grupo internacional de pesquisadores, sob coordenação de Luciana e também de Emanuel Gloor, da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e John Miller, da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, conseguiram obter uma amostra representativa do balanço de carbono de toda a bacia amazônica ao coletarem amostras de ar em quatros áreas distintas, nas regiões de Santarém, no Pará, Rio Branco, no Acre, Tabatinga, no Amazonas, e de Alta Floresta, no Mato Grosso.
Segundo eles, os locais refletem o modo como o fluxo de ar se espalha pela bacia, entrando pelo oceano Atlântico e se deslocando para outras localidades, mais no interior da floresta. Trata-se também de uma amostra representativa de toda a bacia amazônica. Diferentemente de estudos com torres no meio da floresta, equipadas com instrumentos que realizam medições constantemente do fluxo de gases na atmosfera — algumas chegam aos 50 metros de altura, acima da copa das árvores —, os sobrevoos em diferentes áreas podem fornecer dados mais amplos (ver Pesquisa FAPESP nº 72). “Estudos com base em amostras coletadas em torres têm uma representatividade mais local, pois o alcance de cada torre é de um raio de cerca de 10 quilômetros”, explica Luciana.
A quantidade de chuvas anuais foi o fator determinante para o balanço de carbono retido e liberado na atmosfera pela Amazônia, comenta a pesquisadora. Em 2011, ano bastante úmido, a floresta absorveu quase todo o carbono que foi emitido para a atmosfera: 250 milhões de toneladas de carbono, enquanto que as queimadas lançaram 300 milhões de toneladas de carbono. Com isso, a floresta compensou quase toda a emissão das queimadas em 2011. Já em 2010, ano em que a floresta experimentou uma seca extrema, a queima de biomassa aumentou significativamente, assim como a quantidade de CO2 lançado de volta para a atmosfera.
Luciana explica que em 2010 as chuvas previstas para os meses de fevereiro e março foram aquém do esperado. “Significa que a floresta não conseguiu armazenar água suficiente para enfrentar a época de seca”, diz. Assim, durante o período de seca as plantas sofreram um estresse hídrico acima do normal, com baixo estoque de água no solo — fundamental, por exemplo, para o processo de evapotranspiração, uma das fases do ciclo d’água. Com a vegetação mais seca, aumentou também a incidência de queimadas. O resultado foi que a queima de biomassa em 2010 liberou quase dois terços mais carbono na atmosfera do que em 2011, ano mais úmido.
A queima de biomassa na Amazônia tem aumentado também por causa do manejo inadequado do fogo em áreas de cultivo. “Muitos agricultores acabam perdendo o controle do fogo ao usá-lo de forma inadequada. Com a vegetação seca, esse risco aumenta”, conta Luciana. As queimadas são uma das principais fontes de emissão de CO2 na região. Esse problema foi agravado em 2010 na Amazônia, já que neste ano houve um número maior de focos de queimadas. Desde 1999 a região tem sofrido períodos de seca com intervalos cada vez menores, favorecendo a ocorrência de incêndios na floresta. “O que temos visto são anos atípicos, com variações climáticas extremas”, diz. A pesquisadora defende, por isso, um monitoramento contínuo do balanço de carbono na Amazônia a fim de se estabelecer uma média do quão sensível são os ecossistemas amazônicos em relação às mudanças climáticas. Segundo Luciana, será necessário um esforço de pelo menos 10 anos para entender completamente o futuro do balanço de carbono da região.
Outro estudo publicado no mesmo dia na versão on-line da Nature sustenta o trabalho de Luciana. Nele, um grupo de pesquisadores, liderados por Douglas Morton, do Goddard Space Flight Center da NASA, a agência espacial norte-americana, relata que os dados coletados a partir de observações via satélite sobre a capacidade da floresta amazônica de produzir novas plantas durante os períodos de seca podem ter sido mal interpretados por conta de uma ilusão de ótica. Segundo eles, o aumento das manchas verdes observadas sobre a copa das árvores pelos satélites parecia sugerir que a floresta respondia bem aos períodos de seca. Por meio de modelos de transferência radioativa, sensores óticos e análises independente de imagens de satélite, eles verificaram que o aparente crescimento das folhas sobre a copa das árvores, na verdade, é um efeito causado por mudanças na forma como a luz infravermelha é refletida pela copa da floresta. Os resultados sustentam, assim, que a disponibilidade de água, em vez de luz, é o principal fator a limitar a produtividade vegetal na floresta amazônica.
O grupo de Luciana já coletou as amostras relativas a 2012 e 2013, mas ainda não concluíram as análises. Por enquanto, as estimativas envolvendo o equilíbrio de carbono em toda a bacia durante um ano muito seco (2010) e outro muito úmido (2011) já ajudam a indicar que mudanças esperar.
sexta-feira, 18 de abril de 2014
Sustentabilidade Ambiental
Vamos preservar junto o nosso planeta
Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações.Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário.
Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;
Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.
Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
veja mais em www.atitudessustentaveis.com.br
quinta-feira, 17 de abril de 2014
civilização do lixo.
Estudos indicam que em todo o planeta são produzidos aproximadamente 35 bilhões de toneladas de lixo anualmente. O problema é imensurável e já é considerado catastrófico.
Os municípios coletam em media 1,5 bilhões de toneladas de refugos. Essa quantidade supera a produção mundial de aço que é algo próximo a 01 bilhão de toneladas. Eles também dispensam em torno de 02 bilhões de toneladas de dejetos, o que é 20% superior a produção mundial de cereais.
Esses números retratam bem a crise sócia ambiental criada pela sociedade contemporânea que passou a ser conhecida como a civilização do lixo.
O conceito civilização do lixo surgiu na década de 60 nos países industrializados. Na época pequenos grupos agiam isoladamente e suas ações eram ignoradas pela mídia e pelos governantes.
A grande produção de dejetos fez com surgissem os métodos de reciclagem e também a criação de produtos biodegradáveis. A adoção das seguintes normas: repensar, reduzir, reutilizar e reciclar, na ordem estabelecida é a fórmula ideal para mitigar os danos causados ao meio ambiente.
Repensar significa encontrar meios de reduzir o descarte de dejetos, aplicando técnicas de reciclagem. Reduzir é controlar e também evitar o consumismo desnecessário. Reutilizar ou reaproveitar objetos de forma racional evitando que os mesmos sejam dispensados. Reciclar todo o tipo de matéria que possa ser reutilizável. Logo, o conjunto dessas ações tende a minimizar o impacto ambiental gerando o desenvolvimento sustentável.
Ao longo dos anos a conscientização popular fortaleceu os movimentos ambientalistas que passaram a pressionar os governantes reivindicando a criação de normas e leis que visavam à proteção e a preservação ambiental.
E com a aceleração do desenvolvimento urbano e o aumento na produção de bens de consumo surge um novo conceito a ecologia urbana. A ideia básica é que não basta preservar matas e rios, mas também é necessário adotar medidas, que visam melhorar a qualidade de vida da chamada civilização urbana.
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Biodiversidade Aquática
Biodiversidade Aquática ... é um termo abrangente que considera tanto o conjunto dos ecossistemas aquáticos continentais, costeiros e marinhos como os seres vivos que vivem ou passam parte de seu ciclo biológico nestes ambientes. Parte destes organismos vivos, como peixes, moluscos, crustáceos e algas é considerado como " recurso pesqueiro" uma vez em que são alvo da atividade pesqueira.
A água é a base da vida conferindo um valor intrínseco aos ambientes aquáticos. Assim, as diretrizes, ações e políticas devem ser transversais não apenas geograficamente , mas setorialmente.
Dentre as ações em execução, destacam-se aquelas de coordenação da implementação da Convenção de Zonas Úmidas de Importância Internacional - Convenção de Ramsar ; as de conservação de alguns ecossistemas considerados como berçários e também com alta produtividade da zona costeira e marinha, tais como os recifes de coral e os manguezais; as ações integradas de conservação e uso sustentável dos recursos pesqueiros, além do desenvolvimento da vertente ambiental do Programa Antártico Brasileiro.
http://www.mma.gov.br/biodiversidade/biodiversidade-aquatica
A água é a base da vida conferindo um valor intrínseco aos ambientes aquáticos. Assim, as diretrizes, ações e políticas devem ser transversais não apenas geograficamente , mas setorialmente.
Dentre as ações em execução, destacam-se aquelas de coordenação da implementação da Convenção de Zonas Úmidas de Importância Internacional - Convenção de Ramsar ; as de conservação de alguns ecossistemas considerados como berçários e também com alta produtividade da zona costeira e marinha, tais como os recifes de coral e os manguezais; as ações integradas de conservação e uso sustentável dos recursos pesqueiros, além do desenvolvimento da vertente ambiental do Programa Antártico Brasileiro.
http://www.mma.gov.br/biodiversidade/biodiversidade-aquatica
terça-feira, 15 de abril de 2014
Mortes por poluição
Nos Estados Unidos acontecem cerca de 200 mil mortes por ano em decorrência da emissão de poluentes de fontes de combustão como chaminés industriais, escapamento de veículos e geração de energia elétrica com carvão. A conclusão é de um estudo a ser publicado na edição de novembro da revista Atmospheric Environment realizado por pesquisadores do Laboratório para Aviação e Meio Ambiente do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). São mortes relacionadas a doenças cardiopulmonares, câncer de pulmão e outras enfermidades respiratórias. Os pesquisadores, liderados pelo professor Steven Barrett, indicam que a maior fonte de poluentes de material particulado fino, com diâmetro menor que 2,5 micrômetros, é o transporte rodoviário, responsável por 53 mil mortes, seguida da produção de energia com carvão, com 52 mil mortes. Com os dados do Inventário Nacional de Emissões da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, que mapeia as fontes de emissão, eles concluíram que o estado da Califórnia é o mais problemático, com 21 mil mortes por ano, tendo como causas o transporte rodoviário e o aquecimento residencial e comercial. Para Barrett, em comunicado do MIT, “nos últimos 10 anos, as evidências ligando a exposição da poluição atmosférica ao risco de morte prematura estão solidificadas e ganharam força científica e política”.
Meio Ambiente
energia eólica -
produzida a partir da força dos ventos - é abundante, renovável, limpa e disponível em muitos lugares. Essa energia é gerada por meio de aerogeradores, nas quais a força do vento é captada por hélices ligadas a uma turbina que aciona um gerador elétrico. A quantidade de energia transferida é função da densidade do ar, da área coberta pela rotação das pás (hélices) e da velocidade do vento.
A avaliação técnica do potencial eólico exige um conhecimento detalhado do comportamento dos ventos. Os dados relativos a esse comportamento - que auxiliam na determinação do potencial eólico de uma região - são relativos à intensidade da velocidade e à direção do vento. Para obter esses dados, é necessário também analisar os fatores que influenciam o regime dos ventos na localidade do empreendimento. Entre eles pode-se citar o relevo, a rugosidade do solo e outros obstáculos distribuídos ao longo da região.
Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m 2, a uma altura de 50 metros, o que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s (GRUBB; MEYER, 1993). Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, o vento apresenta velocidade média igual ou superior a 7 m/s, a uma altura de 50 m, em apenas 13% da superfície terrestre. Essa proporção varia muito entre regiões e continentes, chegando a 32% na Europa Ocidental.
vema mais em www.mma.gov.br/clima/energia/energias-renovaveis/energia-eolica
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Sustentabilidade e Automação
Atualmente, ao se falar em desenvolvimento socioeconômico, logo se questiona sobre sua sustentabilidade e alternativas disponíveis em energia renovável como forma de preservação do meio ambiente. Vocábulos como “energia solar”, “energia eólica” e “biocombustível” já não soam com estranheza entre os cidadãos comuns. No entanto, a tecnologia moderna não deve negligenciar um dos maiores patrimônios da humanidade: a água.
O fato é que nenhuma técnica seria aplicada com eficiência sem o Controle e Automação. Controle consiste na arte de manipular algum sistema para se obter um resultado desejado. Embora essa interferência possa ser feita manualmente, é mais interessante quando realizada de maneira programada (automática). Daí, o nome “Automação”. Para que o leitor compreenda melhor essa engenharia, imaginemos um sistema hidráulico de um banheiro que contenha dois registros: um de água quente e outro de água fria. Dessa forma, uma pessoa ao tomar banho regula a abertura desses registros de acordo com o fluxo de água e temperatura que lhe convém. Todavia, frequentemente, temos alguma dificuldade de acertar um ponto confortável.
Por mais que o corpo humano seja perfeito, não sabemos exatamente a que temperatura estamos tomando banho e a quantidade de água utilizada. Além disso, outras características do processo afetam seu controle, o que gera oscilações que aumentam o desperdício. Por outro lado, a automação por meio de dispositivos eletrônicos permite medições e regulações mais precisas. Baseados em modelos matemáticos que são implementados nos seus chips, esses equipamentos são capazes de operar qualquer processo de maneira eficiente evitando o alto consumo. No caso do banho, poderíamos determinar a temperatura exata e o fluxo de água que desejássemos a um custo menor. Partindo desse princípio, em um futuro próximo, teremos a “residência inteligente”, onde os eletrodomésticos, sistemas de climatização e luminosidade funcionarão com menor custo de energia e água.
Entretanto, na indústria, essa ideia já é aplicada com resultados significativos. Inicialmente, a finalidade da automatização era aumentar a produtividade dos processos de fabricação e melhorar a qualidade das tarefas realizadas pelo homem, o que, indiretamente, proporcionava um melhor aproveitamento da água. Hoje, cada vez mais, as empresas procuram sistemas de controle que causam um impacto direto na redução do seu consumo hidráulico. Na medida em que os problemas e dilemas são apresentados, novas soluções são criadas. Decerto, há um custo inicial em termos de instalação e eletricidade, no entanto, o balanço energético e o ganho final viabilizam o investimento.
Destarte, aliada à Política Nacional do Meio Ambiente, no que concerne ao melhor uso da água, a Engenharia de Controle e Automação aparece como uma das promissoras opções para o cumprimento da Lei Nº 6.938/81, que estabelece como um de seus princípios no Art. 2º** “incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais”. Trata-se de uma Ciência relativamente nova que, bem direcionada, possibilita a exploração de riquezas com respeito à natureza e que prioriza o bem estar social.
** Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
domingo, 13 de abril de 2014
Poli-USP desenvolve veículo autônomo subaquático
Está em fase de testes a terceira versão do Pirajuba, protótipo de veículo subaquático não tripulado desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos (PMR) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). O projeto de AUV – sigla em inglês de veículo autônomo submerso – teve início em 2008 com o objetivo de servir de plataforma de testes para pesquisas nas áreas de dinâmica, controle e navegação de veículos submarinos (ver Pesquisa FAPESP n°141). Desde então seus principais componentes vêm sendo aperfeiçoados. Em 2011 passou a ser adaptado para missões oceanográficas e de monitoramento ambiental. O objetivo é que o AUV possa, no futuro, facilitar o mapeamento do solo marinho, além de ser usado em trabalhos de inspeção de instalações submersas, como oleodutos, gasodutos e emissários submarinos.
O Pirajuba, nome de origem tupi que significa “peixe amarelo”, já havia sido testado em tanques de prova, como os do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo, para avaliar como reagia à resistência da água. Em julho de 2012 e janeiro de 2013 foram realizados pela primeira vez testes no mar de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, com o apoio da Marinha do Brasil, a fim de verificar sua funcionalidade e dinâmica de navegação. À época, os algoritmos de piloto automático foram verificados, manobras pré-programadas executadas e dados de navegação e batimetria lidos e armazenados. Novos testes estão previstos para a segunda metade de 2013.
A utilização do Pirajuba em missões científicas em águas rasas deve ter início até o final deste ano. Para isso ainda são necessários ajustes no sistema de navegação, implementação de sistemas de segurança e a adaptação de sensores oceanográficos. A expectativa é que o veículo seja produzido em versões que possam ser utilizadas também na inspeção de estruturas submersas. “Além disso, os subsistemas desenvolvidos devem promover a capacitação do laboratório em diversos aspectos da tecnologia submarina”, avaliou o engenheiro.
Em formato de torpedo (veja foto), o Pirajuba tem 1,78 metro de comprimento, 23 centímetros de diâmetro e pode atingir a velocidade aproximada de 10 quilômetros por hora (km/h). “O AUV possui energia e capacidade de processamento, com computadores de bordo acoplados. Assim, não depende da assistência humana durante suas missões”, explicou o engenheiro. Seu sistema de energia baseia-se em um banco de baterias de polímero de lítio, que oferecem altas densidades relativas de energia e a possibilidade de serem moldadas de acordo com a geometria do casco do robô.
Segundo o pesquisador, as melhorias alcançadas nessa terceira versão do Pirajuba referem-se à concepção mecânica de seus componentes principais, como casco, sistema de propulsão e manobra e estrutura interna do vaso principal. “Esta versão está muito mais operacional que as anteriores, beirando a de um protótipo comercial”, comentou. “O sistema de vedação e proteção catódica dos vasos está validado, a manipulação dos componentes do veículo e sua manutenção foram facilitadas, o sistema de flutuação está integrado ao casco conforme o projeto assistido por computador, o sistema de manobra é mais preciso e os programas de controle embarcado e interface com a base de comando estão mais refinados e de fácil utilização”, explicou.
sábado, 12 de abril de 2014
Brasil quer antecipar Cbers-4
Parceiros no lançamento de satélites de observação da Terra desde 1999, Brasil e China discutem a viabilidade de antecipar
a montagem e o lançamento do Cbers-4 (sigla para satélite sino-brasileiro de recursos terrestres), depois do fracasso do lançamento do Cbers-3, no dia 9 de dezembro.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) gostaria de lançar o novo satélite até o fim de 2014 ou até meados de 2015. No cronograma original, o Cbers-4 deveria entrar em órbita em dezembro de 2015. As datas foram discutidas durante uma reunião do comitê de coordenação do programa Cbers
em Pequim, na China,
que também debateu
as causas da perda
do Cbers-3. O satélite
foi lançado por um foguete chinês Longa Marcha 4B, do Centro
de Lançamentos de Satélites de Taiyuan, China, mas uma falha na terceira e última etapa do lançador impediu que entrasse em órbita. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o motor de propulsão do foguete chinês foi desligado
11 segundos antes do previsto e impediu que
o satélite atingisse a velocidade mínima para ser mantido em órbita.
O Cbers-3 estava equipado com quatro câmeras que iriam coletar imagens da superfície
da Terra. O objetivo
era monitorar desastres naturais e acompanhar alterações da cobertura vegetal, com aplicação
no combate a desmatamentos e queimadas na Amazônia. O Cbers-3 seria o quarto satélite do programa
a entrar em órbita e substituiria o Cbers-2B, que encerrou suas atividades em 2010. O programa sino-brasileiro está, desde então, sem satélites para produzir imagens. O governo brasileiro investiu
R$ 160 milhões no projeto, segundo o Inpe.
sexta-feira, 11 de abril de 2014
O que é Arquitetura Sustentável?
Segundo a Wikipédia, é considerada arquitetura sustentável toda forma de arquitetura que leva em consideração formas de prevenir o impacto ambiental que uma construção pode gerar.
Surgida pelos anos de 1970, a arquitetura sustentávelpreconiza que uma construção deve alterar minimamente o meio ambiente em que está inserida. Utilizando a maior quantidade possível de elementos de origem natural e garantindo um aproveitamento racional dos recursos necessários para iluminar e ventilar os ambientes; de forma a reduzir os desperdícios nessas áreas. Além disso, a arquitetura sustentável deve preocupar-se com o uso de materiais certificados e que venham de fornecedores legalmente estabelecidos e que professem as mesmas crenças em relação a diminuição dos impactos ambientais e das emissões de gases poluentes. É também freqüente o uso de materiais considerados ecologicamente correto como os reciclados ou os oriundos de projetos sociais. Depois de tudo; ainda há um estudo detalhado de como se portará a construção e de como serão tratados os resíduos gerados por ela; de forma a não afetar (ou reduzir drasticamente esse efeito) no ambiente que circunda o imóvel.
Através desses cuidados, a arquitetura sustentável procura elaborar prédios que sejam cada vez mais eficientes energeticamente. Assim, não é incomum a utilização de materiais alternativos e totalmente diferenciados do que se encontraria numa construção “não sustentável” nas áreas de iluminação e ventilação do prédio. A energia solar ou a eólica, dependendo da localidade em que se encontra a obra, são freqüentemente adotadas como formas limpas e de emissão praticamente zero; podendo assumir parte ou a totalidade da responsabilidade por esses itens.
Um cuidado especial é dado ao posicionamento da casa e a disposição das janelas conforme o deslocamento do sol no horizonte e a direção do vento. O uso de vidros duplos é também um aliado importante para garantir que a casa seja bem iluminada ao longo do dia pela luz do sol sem, no entanto, permitir que o calor se instale. Esse procedimento é responsável por uma economia enorme de energia que seria gasta na iluminação e na refrigeração desses lugares.
Outro item importante para a arquitetura sustentável é a utilização racional da água nos empreendimentos. Uma questão definida como básica, é o aproveitamento da água da chuva para regar plantas e jardins; lavar as áreas externas e ser usada nas descargas sanitárias. Desta forma, a economia de água é absurda e pode chegar até a trinta por cento em relação a uma construção “normal”.
A arquitetura sustentável também tem profunda preocupação com o destino correto dos resíduos gerados na própria obra. Para isso, preconiza que os entulhos oriundos da construção podem ser usados como aterros; na fabricação de tijolos e o restante pode ser reciclado de várias outras formas e aplicado de inúmeras maneiras diferentes. Reduzindo os custos e a necessidade de descarte desses resíduos nos aterros sanitários (ou até pior; de forma errada e perigosa para o meio ambiente).
Seguindo todos os parâmetros e mantendo-se dentro das especificações da arquitetura sustentável, os prédios são avaliados e recebem um selo de acordo com os parâmetros de sustentabilidade adotados na construção. Desta forma, valoriza-se o imóvel e garante-se uma vida plena e menos estressante para toda uma comunidade. Tudo isso, graças à arquitetura sustentável.
É mesmo uma pena que essas boas práticas não sejam obrigatórias em nosso país.
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Os gases que causam efeito estufa vêm preocupando cientistas do mundo inteiro já faz um bom tempo, porém a solução para este enorme problema está difícil de alcançar. Recentemente, foi publicado um estudo na revista Geophysical Research Letters, na qual uma nova substância encabeça a lista de gases com maior capacidade de provocar aquecimento global: a perfluorotributilamina (PFTBA).
Não é só o nome que assusta. Esta substância tem um potencial de aquecimento global 7100 vezes maior que o do dióxido de carbono (CO2) num horizonte de 100 anos, isto é, as moléculas de PFTBA absorvem 7100 vezes mais radiação infravermelha neste período do que o CO2.
Você pode se perguntar: por que então só se fala do CO2 nas discussões de aquecimento global? A resposta está na quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, que supera quase todos os outros gases, tornando-o assim, o segundo maior agente do efeito estufa (em primeiro está o vapor de água). Para completar, a queima de combustíveis fósseis responsável pela liberação excessiva dessa molécula ainda é o maior problema, segundo ambientalistas.
O PFTBA, apesar de não existir em quantidades tão grandes, preocupa pelo seu potencial, ainda mais quando os juntamos com gases de efeitos até mais devastadores (veja a lista no site daCETESB). Além disso, sua produção é feita desde o século XX, derivada de indústrias elétricas, mas até esse ano seus efeitos poluentes ainda não haviam sido estudados.
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Ecologia Urbana – Conciliando Tecnologia e Sustentabilidade
Nós inventamos a tecnologia desde que nos entendemos como seres pensantes. Flechas, arcos, lanças de madeira com pedras polidas; cordas e o próprio fogo são invenções e manipulações tecnológicas que condizem com o avanço do espírito humano à época em que vieram a lume.
Também é verdade que estas mesmas tecnologias rudimentares foram mal-utilizadas em diversas ocasiões: provocando mortes ou o desnivelamento antinatural dos iguais em essência, sempre fica claro que tanto sua criação como uso mal intencionados são ambos nascidos da mesma fonte: a mente humana.
Por este justo motivo é que não procede a preocupação atual de certos grupos em colocar, na posição de vilões, os recursos tecnológicos e seus benefícios – como que repetindo a aversão manifestada contra as máquinas da Revolução Industrial inglesa e que, posteriormente, apenas foi constatado que não era as máquinas o problema, mas os que as detinham.
É inegável, portanto, que a tecnologia muito já fez por nós como raça, basta olhar para os padrões de qualidade de vida (como expectativa de vida e a medicina moderna) que podemos desfrutar hoje, ainda que existam grandes divergências em nosso mundo. É claro que não podemos negar que a busca pelo avanço tecnológico já trouxe e ainda traz sérios prejuízos ao meio ambiente. Nos resta aprender com nossos erros a criar uma consciência capaz de discernir até onde podemos abusar da sorte e aprender a tentar minizar nossos impactos, afinal de nada adianta melhorar os padrões de vida se em pouco tempo talvez não exista mais condições dela se manter no planeta.
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